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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Planejamento familiar: quem cuida dos filhos são os pais

Planejamento familiar: quem cuida dos filhos são os pais

Embora muitas igrejas adotem as reuniões de casais e formem grupos destinados a instruírem os casais cristãos, poucas vezes o assunto planejamento familiar é abordado. Como o assunto é pouco debatido no Brasil, a igreja evangélica deveria focar mais no planejamento familiar, fazendo o trabalho social de orientar famílias sobre o assunto.
Em algumas cidades, órgãos públicos até realizam reuniões e palestras sobre o tema (normalmente pelas Secretarias de Saúde), mas o número de presentes é sempre baixo, o que mostra como o brasileiro não tem interesse pelo assunto.
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O resultado é uma nação que está se acostumando a ter filhos “por ter”. Pais não se planejam para ter filhos e transferem a responsabilidade da criação para os avós da criança, ou tios, amigos, babás, creches e até professores.
Em uma sociedade na qual a família é cada vez mais instável, o cristão deve lutar pelos valores da família, e o planejamento familiar é fundamental para uma estruturação eficaz de uma família cristã.
Preguiça e irresponsabilidade são as principais características que levam uma pessoa a ter um filho sem pensar em como criá-la, ou como vai educar esta criança pelos próximos anos, por exemplo.
O que a sociedade prega
Se você sair perguntando pelas ruas se as pessoas são a favor da estrutura familiar, é bem óbvio que a maioria vai dizer que sim, mas quando se pergunta quais são os membros de uma família, a confusão começa. Isso porque a visão do brasileiro de família inclui sogros, cunhados, tios, primos…. Quando deveríamos focar a noção de família no marido, mulher e filhos (até que se casem), como é em países desenvolvidos e a própria bíblia orienta.
Gênesis 2:24 – “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Em Marcos 10:7 a 9, Jesus retoma a ideia de família a partir da união entre homem e mulher.
A igreja cristã, acreditamos, deve ensinar seus fiéis que a família assim é formada: marido, esposa e filhos, até que estes se casem. Portanto, criar e educar as crianças é dever dos pais e não de terceiros. O obrigação de educar os filhos com bom exemplos tem sido repassados para quem não tem compromisso com a criança.
Radicalismo?
Não é a intenção deste site excluir a importância de primos, tios, avós ou sogros em nossas vidas. Com eles aprendemos muitos e temos momentos inesquecíveis de felicidade, mas quando falamos de formação de uma pessoa, em especial ao criarmos um filho cristão, não podemos deixar que influências de três, sete, quinze pessoas interfiram na criação de uma criança. A criança pode sim, e deve, brincar com primos, passar finais de ano nas casas de tios, viver momentos de alegria, mas não significa que deve ser criados como uma “coisa só”.
Também não é a intenção deste texto desmotivar a ajuda de parentes, mas a ajuda deve ser esporádica e não constante. Uma avó, por mais que ela queira e você precise, não pode ficar o dia todo com uma criança dia após dia, por anos. Desta forma, a mãe transfere sua responsabilidade de criação de um filho para terceiros.
Consequências de não criar um filho
Os problemas de pais ausentes na criação de uma criança são inúmeros e já conhecidos. O pior é que muitos pais, especialmente mães, passam tão pouco tempo com seus filhos que quando o fazem se sentem culpados por ter de dar broncas ou colocar de castigo, criando seu filho sem limites, sem autoridade. A criança cresce sabendo que pode fazer o que quiser para chamar a atenção da mãe (dois pais em geral).
Não é raro conhecer famílias nas quais os pais passam o dia todo trabalhando, deixam seus filhos em creches ou com parentes e, ao chegar a noite, não impõem horário de dormir em seus filhos pelo ressentimento de já passarem pouco tempo com seus filhos. Criam filhos que não seguem regras para nada e cada vez mais negam regras, pois “sem nem meu pai e mãe mandam em mim, quem vai mandar?”. Quando alguém tenta corrigir a criança, os pais ausentes sempre se sentem obrigados a defender o filho e pouco fazem para corrigir seus erros de comportamento.
Vivemos em um país que deixa bem claro que não há limites para crianças. Nas escolas, por exemplo, é cada vez mais claro que as crianças têm muito mais privilégios e autoridade do que os professores, guardas, diretores, faxineiros, cozinheiros…
As crianças podem tudo, e quem tentar impedi-las são severamente repreendidos pelos pais, que ameaçam e até adotam medidas violentas para defenderem seus filhos.
Origem do problema
Criamos filhos sem limites porque lá atrás não planejamos quando tê-los. Achamos que basta casar para ter filhos (e muitos nem isso). Em nosso país, casais resolvem ser pais sem ter noção do que é orçamento familiar, sem pensarem no tempo que têm para criarem seus futuros filhos, sem pensarem em como criarão seus filhos, sem se importarem em oferecer o melhor aos filhos. Como assim? Por exemplo: sabemos que a escola pública no Brasil não é o melhor caminho para a educação de uma criança. O casal minimamente organizado vai planejar, ao menos, ter um filho quando perceber que poderá colocá-lo em uma escola particular. Você conhece alguém que pensa nisso?
O casal cristão que deseja ter filhos deve pensar, acima de tudo, em organizar seu tempo e orçamento para que possam educar seu filho, com os cuidados para que cresça um cristão de caráter.
Em provérbios 22:6 lemos o famoso versículo – “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Como criaremos uma criança “no caminho” se transferimos a responsabilidade da criação a terceiros. Ainda que quem cuide da criança seja cristã.
O que fazer?
Um dos assuntos que deve ser muito bem pensado pelos casais cristãos é o planejamento familiar, que inclui a hora certa de ter filhos e quantos serão. A partir daí, o casal deve começar a planejar sua vida pessoal para que tenha certeza de que poderá criar seu filho por si, e não dependendo de terceiros.

fonte
http://www.materialgospel.com.br/planejamento-familiar-quem-cuida-dos-filhos-sao-os-pais/ 

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