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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

MISSÃO ESTADO DO PARÁ

Pará é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a segunda maior delas em território. Com uma área de 1 247 954,666 km², o Pará é pouco maior que Angola e é também a 13ª maior entidade subnacional do mundo. Se fosse um país, seria o 22º. do mundo em área. É maior que a área da Região Sudeste brasileira, com seus quatro estados, e um pouco menor que o estado norte-americano do Alasca. É dividido em 144 municípios, que possuem área média de 8 664,50 km². O maior deles é Altamira com 159 696 km², o quinto município mais extenso do mundo, e o menor éMarituba, com 103,279 km².
Sua capital é o município de Belém, que reúne em sua região metropolitana cerca de 2,3 milhões de habitantes, sendo a região metropolitana mais populosa da região Norte. Outras cidades importantes do estado são: AnanindeuaSantarém,CastanhalAbaetetubaCapanemaBragançaSalinópolisAltamiraBarcarenaCametáItaitubaMaritubaMarabá,ParagominasParauapebasSoure e Tucuruí.[6] O relevo é baixo e plano; 58% do território se encontram abaixo dos 200 metros. As altitudes superiores a 500 metros estão nas seguintes serras: Serra dos CarajásSerra do Cachimbo e Serra do Acari.
Pertencente à Região Norte, é a unidade federativa mais populosa desta macrorregião, com seus 7,9 milhões de habitantes em 2013, e ao mesmo tempo a de maior PIB. O estado é subdividido em 22 microrregiões e 6 mesorregiões. Seus limites são com o estado do Amapá a norte, Roraima a noroeste, Amazonas a oeste, Mato Grosso a sul, Tocantins a sudeste, Maranhão a leste; além do Suriname e Guiana ao extremo norte.[7]













Hidrografia

A bacia hidrográfica do estado abrange área de 1.253.164 km², sendo 1.049.903 km² pertencentes à bacia Amazônica e 169.003 km² pertencentes à bacia do Tocantins.[23] É formada por mais de 20 mil quilômetros de rios como o Amazonas, que corta o estado no sentido oeste/leste e deságua num grande delta marajoara, ou os rios Tocantins e Guamá que formam bacias independentes.
Estão também no Pará alguns dos mais importantes afluentes do Amazonas como Tapajós, Xingu e Curuá, pela margem direita, Trombetas, Nhamundá, Maicuru e Jari pela margem esquerda. Os rios principais são: rio Amazonasrio Tapajósrio Tocantinsrio Xingurio Jari e rio Pará.
Esta rede hidrográfica garante duas importantes vantagens:
  • Facilidade da navegação fluvial.
  • Potencial hidroenergético avaliado em mais de 25.000 MW.
















Etnias[editar | editar código-fonte]

Cor/RaçaPorcentagem
Pardos73,0%
Brancos23,0%
Negros3,5%
Amarelos ou Indígenas0,6%
Fonte: PNAD [26] .
De acordo com um estudo genético de 2013, a ancestralidade da população de Belém foi assim descrita: 53,70% de contribuição europeia, 29,50% de contribuição indígena e 16,8% de contribuição africana.[27]
De acordo com um estudo genético de 2011, a ancestralidade da população de Belém seria a seguinte: 69,70% de contribuição europeia, 19,40% de contribuição indígena e 10,9% de contribuição africana.[28]

Imigrantes

Portugueses
A presença dos portugueses, no estado, teve início no século XVII. Em janeiro de 1616, o capitão português, Francisco Caldeira Castelo Branco iniciou a ocupação da terra, fundando o Forte do Presépio, núcleo da futura capital paraense. A fixação portuguesa foi efetivada com as missões religiosas e as bandeiras, que ligavam o Forte do Presépio a São Luís do Maranhão, por terra e subiram o Rio Amazonas. Os portugueses foram os primeiros a chegar no Pará, Deixando contribuições que vão desde a culinária à arquitetura.
Japoneses
Os primeiros imigrantes japoneses que se destinaram a Amazônia saíram do Porto de Kobe, no Japão, no dia 24 de julho de 1926, e só chegaram ao município de Tomé-Açu, no dia 22 de setembro do mesmo ano, com paradas no Rio de Janeiro e Belém.
Os japoneses foram responsáveis pela introdução de culturas como a juta e a pimenta-do-reino na década de 1930; de mamão hawai e do melão na década de 1970. A terceira maior colônia japonesa no Brasil está no Pará, com cerca de 13 mil habitantes, perdendo apenas para os estados de São Paulo e Paraná. Eles vivem principalmente nos municípios de Tomé-AçuSanta Izabel do Pará e Castanhal.[carece de fontes] Sabendo-se que Tomé-Açu foi o primeiro local do Norte do país a receber imigrantes japoneses, por volta de 1929.[carece de fontes]
Italianos
Os imigrantes italianos que vieram para o Pará são predominantemente da região Sul da Itália, originários da CalábriaCampania e Basilicata. Eram todos colonos, mas aqui se dedicaram ao comércio. O primeiro comércio italiano de que se tem notícia é de 1888 que ficava em Santarém.
Eles fincaram raízes familiares em BelémBrevesAbaetetubaÓbidosOriximináSantarém e Alenquer. A presença na região oeste do Pará era tão acentuada, que havia uma representação do consulado da Itália em Óbidos, considerada a cidade mais italiana do Estado. O consulado ficava em RecifePernambuco.
Em Belém, os italianos se dividiram entre a atividade comercial e os pequenos serviços. Ao mesmo tempo em que trabalharam, foram importantes no início do processo de industrialização da capital (1895). Segundo o censo de 1920, existia no Pará cerca de mil italianos. Ao final da Segunda Guerra, registrou-se um refluxo causado pela perseguição a alemãesjaponeses e italianos. Os italianos, assim como os franceses, não permaneceram em território paraense.[30]
Libaneses
A emigração dos libaneses para o Pará se deu na metade do século XIX, na época do Ciclo da Borracha e até 1914 desembarcaram em Belém entre 15 mil e 25 mil imigrantessírios-libaneses, dois quais um terço foram para o Acre. No Pará, além da capital paraense, o libaneses se deslocaram para os municípios de CametáMarabáAltamira,Breves(Pará)Monte AlegreAlenquerSantarémÓbidosSoureMaracanãAbaetetuba, entre outros.[31]
Franceses
Os primeiros imigrantes franceses chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX, dirigiram-se para a colônia de Benevides, na região metropolitana de Belém do Pará.[carece de fontes] Os franceses foram atraídos para a região, por causa do Ciclo da Borracha, acabaram se instalando em Belém, tornando-a conhecida como Paris N'América.[carece de fontes]
Maranhenses
São os maiores migrantes nacionais no Estado do Pará.Por ser vizinho do Estado do Pará, os maranhenses vão em busca de melhores condições materiais.A população de Belém, sul e sudeste do Pará é formada basicamente por imigrantes maranhenses. O Maranhão e o Pará tem uma longa história de ligação que começou desde a criação dos Estados do Grão-Pará e Maranhão. A parte cultural também há uma reciprocidade entre os dois estados. Inclusive a origem do carimbó (dança de negros) é do Maranhão que com o processo de aculturação tomou a forma paraense. A lambada paraense da década de 1970 também influenciou o maranhão. A parte da religião umbandista também há uma cumplicidade entre os dois estados.O hino do Círio de Nazaré foi composto por um poeta maranhense chamado Euclides Farias.

Infraestrutura

Saúde

De acordo com dados de 2009, fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existiam, no estado, 2 742 estabelecimentos hospitalares, com 13 720 leitos.[39]Destes estabelecimentos hospitalares, 2 057 eram públicos, sendo 1 932 de caráter municipais, 54 de caráter estadual e 71 de caráter federal.[39] 685 estabelecimentos eram privados, sendo 631 com fins lucrativos e 54 sem fins lucrativos. 271 unidades de saúde eram especializadas, com internação total, e 2 312 unidades eram providas de atendimento ambulatorial.[39] No mesmo ano, registrou-se que apenas 47,03% da população paraense tinha acesso à rede de água, enquanto 57,8% tinha acesso à rede de esgoto sanitário.[40] Ainda em 2009, foi verificado que o estado tinha um total de 552,5 leitos hospitalares por habitante e, em 2005, registrou-se 7,1 médicos para cada grupo de 10 mil habitantes.[40]
Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 71,2% da população do estado avalia sua saúde como boa ou muito boa; 61,7% da população realiza consulta médica periodicamente; 30,6% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 8,7% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses.[41] Os dados da pesquisa afirmaram ainda que 23,9% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 13,7% possuíam plano de saúde. Menos da metade dos domicílios particulares no Pará são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família: 47,4 destes%.[41]
Tratando da saúde feminina, 23,7% das mulheres residentes no estado com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses; 32,8% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos; e 79,1% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.[41]

Educação

Resultados no ENEM
AnoPortuguêsRedação
2006[42]
Média
33,13 (19º)
36,90
49,78 (17º)
52,08
2007[43]
Média
46,02 (19º)
51,52
54,97 (15º)
55,99
2008[44]
Média
36,90 (17º)
41,69
59,20 (8º)
59,35
O Pará possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Belém e em outras cidades de médio porte. A educação do estado é tida como a vigésima sexta melhor do país, comparada à dos demais estados brasileiros. No fator "educação", do Índice de Desenvolvimento Humano de 2010, o estado obteve um patamar de 0,528, ficando à frente apenas da educação de Alagoas em âmbito nacional.[45]
Sobre a questão do analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa de analfabetismo mostra o Pará com a 16ª menor taxa, com 11,23% de sua população considerada analfabeta.[46] Houve superação na taxa de analfabetismo paraense. Em 2001, o mesmo ocupava a 18ª colocação no mesmo quesito, com 28,5% de sua população tida como analfabeta.[47][48]
O estado possui a quarta maior porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade que não frequentam unidades escolares. Os dados do censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, revelam que 5% dos habitantes do Pará nesta faixa etária encontram-se nesta situação, deixando-o apenas à frente de RoraimaAcre e Amazonas.[49] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, o índice era ainda maior: 18,5% destes não frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010. Isso colocou o Pará na 18ª posição nacional, no ranking que abrangeu todas as 27 divisões administrativas do Brasil. Apenas os estados de Mato GrossoEspírito SantoAlagoasParaná, Amazonas, RondôniaSanta CatarinaMato Grosso do Sul e Acre estão em situação semelhante ou pior.[49] A população paraense em idade escolar alcançava 2 255 030 habitantes em 2010, um total de 29,7%.[50]
Em 2011, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o estado obteve nota de 4,2 nos anos íniciais do ensino fundamental, 3,7 nos anos finais do ensino fundamental, e 2,8 no 3º ano do ensino médio.[51] O patamar atingido pelo estado foi um dos mais baixos do país, principalmente no ensino médio. Os municípios do estado que atingiram as melhores colocações na rede pública de ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental foram: Dom Eliseu (5,2); Ourilândia do Norte (5,2); Ulianópolis (5,1);Parauapebas (4,9) e Paragominas e Santarém (4,7). Nos anos finais do ensino fundamental, na rede pública de ensino, os municípios que alcançaram as melhores posições foram: Bannach (4,7); Altamira (4,4); Parauapebas (4,4); Novo Progresso (4,2) e BelterraUruará e Santarém Novo (4,1).[51] Nos anos iniciais do ensino fundamental, Santa Maria das Barreiras foi o município com a pior avaliação educacional, segundo o IDEB, atingindo 2,8 pontos. Nos anos finais do ensino médio, o município que alcançou o pior desempenho foi Afuá, também com 2,8 pontos.[51]
Em números absolutos, o estado possuía 246 184 pessoas com nível superior completo em 2010, um percentual de 4,06%, um dos mais baixos índices do país, superando apenas o Maranhão. Há demasiadas instituições de ensino superior no estado. Seis delas são de caráter público: Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade do Estado do Pará(UEPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).[52] Entre as principais instituições de ensino superior no Pará, de caráter privado, destacam-se a Universidade da Amazônia (UNAMA), o Centro Universitário do Pará (CESUPA), a Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), o Instituto Luterano de Ensino Superior de Santarém, o Centro de Ensino Superior do Pará e as Faculdades Integradas do Tapajós (FIT).[53]

Transporte

Por sua localização geográfica na Amazônia, assim como sua maior aproximação com os estados do Nordeste, o Pará possui um meio de transporte predominantementehidroviário e rodoviário. A parte leste do estado, desde a região de Carajás até a capital estadual, Belém, está mais sujeita tanto ao transporte hidroviário quanto ao rodoviário, com destaque para a Rodovia Belém-Brasília, principal meio de transporte daquela região.

Cultura

Culinária

Ver artigo principal: Culinária do Pará
A Culinária paraense possui grande influência indígena. 
Os elementos encontrados na região, formam a base de seus pratos, o que deixa os gourmets maravilhados pela alquimia utilizada na produção destes pratos exóticos. 
Os nomes dos pratos são tão exóticos quanto seu sabor, já que são de origem indígena.
Outros pratos típicos da região são
O Pará apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, são as denominadas 
frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas.
A seguir, algumas das frutas nativas paraenses:

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