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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Dia do Pastor?

Dia do Pastor? No segundo domingo do mês de junho celebra-se o Dia do Pastor. Em 2017, a data cai no dia 11, mas esta muda a cada ano, o que tem gerado confusão nas redes sociais. Ter um dia para honrar o pastor não significa que ele seja superior à congregação, e sim que as igrejas glorificam a Deus por lhes ter dado líderes que falam a Palavra de Deus, homens cuja fé e maneira de viver podem e devem ser imitadas (Hb 13.7; 1 Co 11.1). É claro que o Dia do Pastor não se destina aos falsos pastores, extremamente criticados pelos apóstolos (cf. 2 Co 2.17; 2 Pe 2.1,2). Os falsos pastores, inclusive, já existiam antes de o Bom Pastor ter andado na terra (Jo 10.1-14). E o apóstolo Paulo, um paradigma a todos os pastores, disse que eles eram “obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo” (2 Coríntios 11.13) que pregavam “outro Jesus”, “outro espírito” e “outro evangelho” (v. 4). O fato de haver falsos pastores nos estimula a honrar ainda mais os pastores que falam “o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1). Mas, infelizmente, vivemos em uma época em que aumenta a cada dia o número de crentes que se posicionam contra os pastores de maneira indiscriminada, zombando de todos, sem exceção, embarcando na “canoa furada” dos inimigos do Evangelho. Hoje há inclusive celebridades gospel que vão a programas de TV mundanos para engrossar o coro de que todo pastor é ladrão. Mas, se nenhum pastor merece respeito, por que a Palavra de Deus, em Hebreus 13.17, ordena: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”? A decepção de muitos com os pastores, de modo geral, ou a rebeldia contra a Palavra de Deus fez surgir ao longo dos anos os desigrejados, que se opõem à ideia de que os crentes devem se reunir em um templo, sob a liderança de um pastor. Eles têm sido influenciados por gurus, que torcem textos sagrados, como 1 Coríntios 12.29 e Atos 15. Estes apresentam claramente a hierarquização feita por Deus, não para que uns sejam melhores que outros, e sim para que haja ordem nas igrejas. Quem se opõe ao pastorado estabelecido por Deus e apoia ao movimento dos desigrejados geralmente diz que não deve existir hierarquia alguma no Corpo de Cristo, já que todos são iguais. Como se vê, eles são adeptos do igualitarismo, que também é um dos principais argumentos do perigoso e falacioso “feminismo cristão”, outro grupo que tem se rebelado contra os pastores. No que tange ao ministério, entretanto, deve prevalecer o complementarismo, já que cada membro do Corpo tem a sua função (cf. 1 Co 12.12-31). Para os desigrejados e os igualitaristas que os apoiam — permanecendo nas igrejas, mas resmungando e murmurando contra pastores — todos os salvos, visto que são todos irmãos, jamais devem se submeter a líder algum. No entanto, como haverá ordem no culto, por exemplo (1 Co 14.26-40), se todo e qualquer crente pode fazer o que bem entende? Se na Igreja primitiva não havia hierarquia, como afirmam os desigrejados e igualitaristas, por que o apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes, conforme Atos 2.14-36, tomou a palavra e explicou à multidão o que estava acontecendo? Se não há qualquer diferenciação de cargos entre os membros, qualquer um pode falar. Então, por que Pedro falou? Porque gostava de falar? Não! Ele falou porque, naquela ocasião, era o líder da igreja em Jerusalém! Como Pedro se tornou pastor da Igreja nascente? Foi o Senhor Jesus, antes de ascender ao céu (Jo 21.15-17), quem o colocou como pastor na igreja em Jerusalém e lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas” (v. 17). Embora haja pastores não chamados por Deus, “apóstolos” e “bispos” enganadores no mundo, Jesus não tem compromisso com estes (Mt 7.15-23). Cristo, na verdade, edificou a sua Igreja (Mt 16.18) e deu pastores a ela (Ef 4.11), o que, aliás, Deus tem feito desde os tempos do Antigo Testamento: “E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jr 3.15). O Senhor mesmo repreendeu o pastor frouxo da igreja local em Tiatira, na província da Ásia, na Ásia Menor, em razão de este não exercer com firmeza a liderança que lhe fora divinamente confiada: “tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20). Diante do exposto, amemos nossos pastores! Não nos unamos a zombeteiros evangelicofóbicos de plantão, que odeiam a Palavra Deus! Pastores não são perfeitos, mas nem todos são enganadores. A despeito de ser um homem como qualquer outro, o apóstolo Paulo imitava a Cristo e, por isso mesmo, deixava saudades por onde passava (cf. At 20.19-38). Pastores verdadeiramente chamados pelo Senhor Jesus — e que permanecem em obediência a Ele — devem ser amados e muito honrados pela congregação. Tratemo-los como príncipes de Deus, observando que devem ser “estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Tm 5.17). Ciro Sanches Zibordi

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