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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

1 Coríntios 10

1 Coríntios 10


1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.
2 E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
3 E todos comeram de uma mesma comida espiritual,
4 E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
5 Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.
6 E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar.
8 E não nos forniquemos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil.
9 E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes.
10 E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.
11 Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.
13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria.
15 Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo.
16 Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?
17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.
18 Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar?
19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
20 Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.
21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.
22 Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?
23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
24 Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.
25 Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência.
26 Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude.
27 E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência.
28 Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude.
29 Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?
30 E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças?
31 Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
33 Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.

"Fazei tudo para glória de Deus"

"Fazei tudo para glória de Deus" - 
Sermão pregado dia 19.06.2011

Nosso texto: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31).

A carta de Paulo aos coríntios é certamente uma daquelas cartas que poderia se encaixar no quesito "tarefa ingrata", tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber de Paulo. Assim como Paulo, nós muitas vezes não gostamos de confrontar as pessoas com a verdade e dizer à elas que estão vivendo de maneira equivocada, mas era justamente essa a tarefa de Paulo. Vemos que Paulo tem que até mesmo criticar severamente as reuniões da igreja e o momento de tomarem a ceia: "Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior" (1Co 11.17).

Já tivemos a oportunidade de repetidas vezes meditarmos e conversarmos sobre nosso texto bíblico de hoje e sua respectiva aplicação para nossas vidas, contudo, penso que poderíamos ponderar ainda um ponto pouco vislumbrado - ou para ser mais sincero, um ponto que muitos cristãos não gostam de enxergar: "Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem" (1Co 10.24).

À primeira vista, podemos pensar que temos aqui uma aparente contradição nas palavras de Paulo, pois como pode ele mesmo dizer que ninguém deve buscar o seu próprio prazer (1Co 10.24) - dando-nos o suposto entendimento de que devemos respeitar os outros independente do que fizerem - e logo em seguida passa a criticar duramente a reunião daquela igreja (1Co 11.17)? Importante se faz analisarmos essas duas preposições para que possamos ter uma imagem correta daquilo que Paulo estava ensinando aos coríntios.

Indo pela ordem do texto, vemos que a partir do capítulo oito, Paulo passa a tratar das comidas sacrificadas aos ídolos e de como o povo devia portar-se diante de Deus e dos homens neste quesito. Ele escreve dizendo que, "quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só" (1Co 8.4), pois "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1Co 8.6). Também lhes fala da importância de não serem pedra de tropeço para qualquer pessoa, "porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize" (1Co 8.10).

Para entendermos melhor o que Paulo está dizendo, é necessário que atentemos para o que ele escreve em 1Coríntios 10.25,26: "Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência. Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude". Aqui, Paulo expressa que todas as coisas advém do Senhor, não podendo aqueles cristão primitivos considerarem uma carne sacrificada à ídolos como impura, pois "a terra é do Senhor e toda a sua plenitude". Também percebemos que "apesar de empregar expressões fortes contra a participação em cerimônias idólatras, Paulo não desejava que os coríntios tivessem zelo excessivo. O fato de um alimento ter sido oferecido a um ídolo não altera a natureza da substância em si mesma e nem a contamina com espíritos maus". [1]

Quando Paulo se refere ao que "se vende no açougue", é importante notarmos algumas questões: "'Como é possível haver qualquer dano em comer diante de um bloco de madeira ou de pedra? Que diferença pode fazer, se a comida foi oferecida a uma divindade inexistente?' Em segundo lugar, a maior parte do alimento vendido nos armazéns [ou açougues - nota minha], primeiro tinha sido oferecida em sacrifício. Parte da vítima era sempre oferecida sobre o altar ao deus, parte ia para os sacerdotes, e geralmente uma parte ia para os cultuadores. Os sacerdotes costumeiramente vendiam o que não podiam utilizar. Muitas vezes era muito difícil saber com certeza se a comida de determinado armazém fizera parte de um sacrifício ou não. Note-se que há duas questões distintas: o tomar parte em festividades idólatras, e o comer comida comprada nos armazéns, mas previamente parte de uma sacrifício. Muitas coisas poderiam ser ditas. Paulo começa com as obrigações do amor cristão". [2]

Deste breve comentário depreende-se de que nem todas as coisas são permitidas aos cristãos - por mais lícitas que possam aparentar - devendo eles estarem em contínua oração para que não sejam levados para enganos sutis provindos do inimigo, "porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5.8).

Após Paulo explicitar àqueles cristãos que o fato de comprarem carne naqueles locais não era em si mesmo errado - "porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude" - contudo, ele lhes faz uma ressalva dizendo: "Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude. Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro" (1Co 10.28,29).

É interessante notarmos como o conselho de Paulo diverge com os nossos dias. Dias esses em que não vemos um constante labutar para não ser "de alguma maneira escândalo para os fracos" (1Co 8.9), mas justamente o contrário, onde defende-se que a liberdade do cristão está acima de tudo e todos. Seria mais ou menos como dizer: "Danem-se os outros! Minha consciência não me culpa, por isso não me importo com eles".

Paulo também não está advogando que os coríntios deveriam ficar trancafiados em suas casas, pois qualquer coisa poderia servir de pedra de tropeço ao irmão, mas referia-se à sublime importância de cuidarmos da saúde espiritual de nossos irmãos, não lhes desejando mal algum - pois o servir de pedra de tropeço já é parte desgostosa da vida cristã - mas lutando em pról da unidade (alicerçada na verdade!) entre os verdadeiros filhos de Deus.

A primeira preposição - "Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem" (1Co 10.24) - nos diz então, que, embora sejamos livres para muitas coisas, devemos levar em séria consideração aquele(a) irmão(ã) mais fraco(a) que ainda não compreende as doutrinas da graça e de que tudo fôra criado para honra e glória de Deus. Penso ainda ser importante ressaltarmos que essa liberdade cristã está plenamente alicerçada nos princípios e nas leis divinamente estabelecidas pelo nosso Senhor (já escrevi sobre isso, clique aqui para ler), caso contrário descambar-se-á para o liberalismo e flexibilidade total para com os preceitos divinos.

Então, depois de explicar aos coríntios que deveriam respeitar seus irmãos mais fracos, Paulo passa-lhes a advertir sobre como eles tem conduzido suas reuniões e de que maneira desordeira tem levado o momento da ceia do Senhor - conferindo-lhes também ao entendimento de que não poderiam simplesmente aceitar qualquer coisa por causa do irmão mais fraco, mas que todos os seus atos (desde o simples comer até o cultuar) deveriam ser regidos por preceitos advindos do seu Senhor e salvador Jesus Cristo.

Nesse ínterim, vemos ainda que Paulo escreve dizendo que não haveria porquê os coríntios vilipendiarem-no pelo que estava fazendo e dizendo, pois se "com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças?" (1Co 10.30).

Mais uma vez vemos a importância de fazermos tudo para a glória de Deus, devendo levar os casais cristãos a fazerem sexo para glória de Deus; o pai sair para passear com o filho para a glória de Deus; a mãe instruir os filhos para a glória de Deus; os amigos cristãos se reunirem e irem para a praia para a glória de Deus; sentar-se à mesa e banquetear-se com os alimentos para a glória de Deus, sair para tomar uma boa cerveja para a glória de Deus; chegar em casa e tomar um banho quente para a glória de Deus; deitar e descansar para a glória de Deus. "Assim, eu traço esta conclusão sombria: é pecado comer ou beber ou fazer qualquer coisa que NÃO seja para a glória de Deus. Em outras palavras, pecado não é apenas uma lista de coisas nocivas (assassinato, roubo, etc.). Pecado é deixar Deus de lado nos assuntos ordinários de sua vida. Pecado é tudo o que você faz que você não faz para a glória de Deus". [3]

Notemos então que Paulo não traça uma dicotomia entre certos momentos em que ele está na presença do Senhor e outros em que não está. Devemos atentar para o grandioso erro que nossa geração comete em querer constantemente "entrar na presença do Senhor", como se nos momentos precedentes a pessoa estivesse fora da presença de Deus!

Ora, amados, quem está fora da presença de Deus é o ímpio, o idólatra, o corrupto, os filhos da ira não-regenarados, os caluniadores, os mentirosos, os orgulhosos e uma miríade de outros mais que poderíamos citar, menos os cristão verdadeiros! Acaso não foi isso que Jesus tencionou expressar em sua oração sacerdotal ao dizer, "Pai justo... eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja" (João 17.25,26)? Se o próprio Jesus orou ao Pai para que assim como o seu amor para com ele estivesse conosco, por que é que ainda encontramos pessoas achando que em determinados locais e circunstâncias da vida Deus não está?

Após tal exposição, Paulo diz aos coríntios: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31). Mister é notarmos o excelente trabalho de associarmos esse versículo com a primeira preposição - "Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem" (1Co 10.24) - e com a segunda - "Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior" (1Co 11.17) - levando-nos a entender que o simples fato de nos abstermos de determinado alimento ou conduta, deve ser para honra e glória do Senhor, assim como também nossas reuniões devem visar a glorificação suprema e absoluta de Deus sobre tudo e todos.

No Breve Catecismo de Westminster lemos sobre qual é finalidade do homem: "Pergunta 1: Qual é o fim principal do homem? Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre (1Co 10.31; Sl 73.24-26; Jo 17.22,24). Calvino nos diz que a 'glória de Deus é quando sabemos o que ele é'. Em seu sentido bíblico, é estar lutando para salientar uma coisa divina. Nós o glorificamos quando não buscamos nossa própria glória, e sim buscamos a ele primeiro em todas as coisas. Agostinho disse: 'Tu nos criaste para ti mesmo, ó Deus, e nosso coração está desassossegado até encontrar repouso em ti'. Glorificamos a Deus crendo nele, confessando-o diante dos homens, louvando-o, defendendo sua verdade, mostrando os frutos do Espírito em nossa vida, adorando-o". [4]

"Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios. Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão" (Sl 84.10,11).

Amém.


Notas: 
[1] Bíblia de Estudo de Genebra
[2] 1Coríntios, Introdução e comentário - Leon Morris, Ed. Vida Nova - pág. 99.
[3Como Beber Suco de Laranja para a Glória de Deus
[4] Estudos no Breve Catecismo de Westminster - Leonard T. Van Horn, Ed. Os Puritanos - pág 07.

fonte      http://2timoteo316.blogspot.com.br/2011/06/fazei-tudo-para-gloria-de-deus-sermao.html

sábado, 1 de outubro de 2016

A Família Garrafa

A Família Garrafa

A FAMÍLIA GARRRAFA
Apresentação:

Arranje cinco garrafas de tamanhos diferentes, preferivelmente de vidro transparente, procurando aproximar os tipos de garrafas com os membros da “família”. Leia a estória antes de caracterizar os “personagens”.


1. Papai Garrafa
Arranje uma garrafa de boa altura, fina, em cujo gargalo se colocará uma moeda ou nota meio enrolada.

2. Mamãe Garrafa
Pode ser bojuda, não muito alta, podendo ter como tampa uma panela de brinquedo ou qualquer outro objeto doméstico.


3. Florinda Garrafa
Será ideal ser representada por uma garrafa de vidro trabalhado, não muito alta, sendo colocada no alto uma flor ou um ramalhete de flores.


4. Rosa Garrafinha
De pouca altura e pequeno diâmetro, lembrando uma “menina”. Como tampa, poderá servir um carretel (ou retrós) de da linha.


5. Zezé Garrafa Bolão
Deve ser de pouca altura, tendo como “cabeça” uma bola de plástico ou borracha.

As garrafas devem estar vazias; uma boa quantidade d’água deve estar à disposição do narrador, que deverá usa-la para encher as garrafas no momento propício.

Começa-se então, a estória, apresentando-se cada membro da família Garrafa.


Lição


Aqui está Papai Garrafa, alto, magro, sempre preocupado com os negócios. Trabalha muito – de manhã à noite – e se preocupa só em ganhar dinheiro. Os propósitos da sua vida estão resumidos em dinheiro. Podemos vê-lo ao chegar em casa à noite, cansado e nervoso. Já vem gritando com todos, sem pensar que mamãe Garrafa e os filhos também tiveram os seus afazeres e contrariedades. Negócios, dinheiro – dinheiro, negócios – esta é a única preocupação de papai Garrafa.

Olhemos agora para Mamãe Garrafa. Que vida atarefada! Cuida dos filhos, cozinha, varre e limpa a casa; não tem o mínimo de sossego durante o dia; sua maior preocupação é manter tudo na maior ordem e o mais perfeito possível; e por isso mesmo vive correndo de lá para cá; sua vida é uma roda-viva entre as coisas materiais.


E aqui está sua filha mais velha – Florinda Garrafa. É mocinha já. Os seus pensamentos são leves como uma pluma e está sempre com roupas bonitas e enfeites atraentes. Com isto a sua cabecinha está cheia, não dando lugar a estudos e coisas mais sérias. Sonha bastante, lê romance, assiste novelas, e então dá asas a sua imaginação. Não tem senso de responsabilidade; por exemplo, não sente que Mamãe Garrafa talvez esteja cansada e precisa de alguma ajuda. Florida não pode estragar o seu penteado e suas unhas.

E aqui está Rosa Garrafinha, menina de dez anos. É meiga, boazinha, estudiosa, alcançando sempre boas notas na escola. Gosta de costurar para suas “filhas” – as bonecas, e assim vive despreocupada com outros assuntos. É quieta e procura não atrapalhar os outros, mas pensa só em si, esquecendo-se que já é grande e pode ser de muito auxílio para o próximo.

Por último vem Zezé Garrafa Bolão. É um menino de sete para oito anos. É o valentão do lugar. Comanda todos os garotos, e muitas janelas já foram quebradas por causa da sua mania por futebol. Não tem consideração pelas coisas de casa, não procura poupara a Mamãe com todo o seu serviço. Geralmente está com a camisa suja ou rasgada, os sapatos cheios de lama, os cabelos em desalinho.


Toda a vizinhança conhece a família Garrafa tal qual a temos descrito. Um certo dia, porém, algo aconteceu para que tudo se transformasse. Algo influenciou todos os membros da família para que se tornassem completamente diferentes. Veja o que aconteceu:

Convidada por uma amiguinha, Rosa Garrafinha foi a uma aula bíblica. Lá teve a oportunidade de ouvir de Alguém chamado Jesus Cristo. Ouviu que Ele é o Filho de Deus, deixou Seu lar no Céu e veio aqui à terra para encher vidas vazias com a Água da Vida. Todos os corações, de crianças e adultos, são secos e sedentos por causa do pecado. Mas Jesus levou nossos pecados sobre si na cruz, tomando o castigo que merecíamos. Morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou e está vivo, no Céu. Por isso, Ele agora pode nos oferecer de graça esta água preciosa. – Rosinha pensou: “É justamente isso que eu preciso!” Com um coração sincero e humilde voltou-se para Cristo, o Salvador (vá despejando água na garrafinha), e sua vida foi transformada... em um instantinho! De vazia, sem vida, Rosa Garrafinha sentiu a Graça de Deus enchendo a sua alma em toda a sua plenitude. Acabou seu egoísmo de fazer somente o que lhe agradava – tudo isso desapareceu; e o Mestre, amigo das crianças, encheu a sua vida.


Rosa Garrafinha voltou correndo para casa.
- Mamãe – disse com o rosto todo iluminado – adivinha só o que aconteceu comigo!
- Mamãe Garrafa preparava apressadamente o jantar e nem quis prestar atenção para o que sua filha lhe dizia. Rosa, porém, continuou a seu lado, contando-lhe com alegria transbordante o que lhe acontecera.
Mamãe sentou-se. Impressionada com o testemunho de Rosinha, ouviu atentamente todas as experiências que havia tido naquela tarde e, meditando sobre a sua própria vida, sentiu-se também só, sem alegrias e necessitada de Alguém que a amparasse e tomasse conta de todo o seu ser. Lembrou-se do tempo de criança e de como havia aprendido a louva-LO; agora ali estava, arrependida de ter vivido longe dos caminhos de Deus, sem vida e sem a Água essencial à alma. Mamãe Garrafa então orou com a filha, ali mesmo na cozinha (coloque água na mamãe enquanto apresenta). Dali a instantes, era outra a atmosfera daquele lar. Até as panelas pareciam cantar junto com Mamãe e Rosa Garrafinha.

Esta auxiliou a mãe no preparo do jantar e logo tudo estava pronto.

Sete horas da noite. Chega Papai Garrafa, cansado e nervoso, pronto a responder de mau humor a quem lhe dirigir a palavra. Mas... que diferença! A mesa posta, a cozinha arrumada, Rosa em um vestido limpo e bem penteada. Mamãe com um rosto alegre e bem arrumada:

- Pronto, papai, aqui estão os seus chinelos e o jornal da tarde – disse-lhe a menina com um sorriso que o desarmou completamente.
Logo depois chega Florinda Garrafa, no momento em que a família se dirigia para a sala de jantar. Estranhou o ambiente – a calma, o sorriso nos lábios de todos – porém nada disse. “Que teria acontecido?” Pensavam papai e Florinda, muito desconfiados. Já na hora da sobremesa, aparece o Zezé Garrafa Bolão fazendo barulho, falando alto, mas... ao avistar na sala os pais e irmãs tão diferentes, ficou desarmado para continuar com sua atitude costumeira. Foi bem depressa para o quarto, aprontou-se o mais rápido possível e desceu para jantar.

Acabada a refeição, Papai não agüentou mais de curiosidade e, juntamente com Florinda e Zezé, procurou saber o que havia sucedido.
Mamãe contou então sua experiência daquela tarde. Rosa narrou também tudo quanto havia se passado com ela. Papai, Florinda e Zezé prestavam tanta atenção que pareciam querer engolir as palavras que escutavam. Depois papai (vá despejando água no Papai) com toda seriedade expôs o desejo que surgira em seu coração de se voltar para Deus, deixa tudo quanto até aquele momento havia sido a coisa essencial de sua vida.
Florinda, também, com lágrimas nos olhos reconheceu ter sido superficial, egoísta, orgulhosa (Despeje água na Florinda). Agora queria ser diferente pela graça divina.
Zezé Garrafa Bolão ouviu tudo atentamente. Uma tremenda luta se travava no seu íntimo. Queria deixar Aquele Amigo e Salvador entrar em seu coração ( derramar devagar um pouco de água em cima da bola), e por outro lado, outra força procurava persuadi-lo a conservar tudo quanto mais estimava – os jogos, o futebol, a BOLA.
Papai se rendeu; Cristo saciou sua sede espiritual com Água da Vida. Florinda, resolvida a abandonar todas as coisas passadas Abreu seu coração para que o Salvador lhe desse também daquela Água. Por fim, Zezé Garrafa Bolão, com fé tão simples de uma criança, confessou sua firme decisão (retire a bola e despeje água em Zezé Bolão) de receber de igual modo a Água da Vida Eterna.

Cristo entrou naquele lar, e a noite foi memorável para toda a família Garrafa. Todos juntos se ajoelharam e oraram, e pela graça divina aquelas vidas foram plenamente cheias da Água cuja “Fonte salta para a Vida Eterna”.
Esta é apenas uma estória extraída da imaginação de um ser humano, mas a verdade nela revelada é a de que pelo poder de Cristo Jesus podemos saciar nossas almas sedentas, porque Ele afirma: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7.37b).

Professor:
Aqui faça o apelo, de acordo com a orientação que lhe der o Espírito Santo, através da Palavra de Deus.

Tio Paul no 1° encontro kids...